Ingredientes
-
1 cup Millet, lavado e escorrido
-
2 fatias AbóboraSe possível, utiliza uma abóbora doce. Em alternativa, podes substituir por cenoura, couve-flor ou batata doce.
-
200 gr Cogumelos marron
-
½ Couve lombardaAdoro esta couve! Rondinha, enrugada, compacta… Uma delícia! Se for grande, utiliza por exemplo 1⁄4 da couve. A couve portuguesa é uma boa substituição.
-
2 Cebolas
-
½ Alho francês
-
3 Dentes de alho
-
Azeite, qb
-
Sumo de 1⁄4 de limão
-
1 c sopa Shoyu (molho de soja)Como o shoyu já é salgado (é feito a partir de feijão soja, trigo e sal marinho), tem em atenção a quantidade de sal que utilizas no cozinhado. Quando usado com moderação, o shoyu enriquece o sabor dos alimentos.
-
4 c sopa Vinho brancoUsei vinho do Porto branco.
-
1 punhado Manjericão
-
Maionese sem ovos
-
Sal marinho, qb
Descrição
Empadão de millet e abóbora com recheio de cogumelos, um prato que, a meu ver, todos deveriam provar, de tão saboroso e reconfortante que é! Este da foto foi confecionado pela minha irmã Felícia, a minha cozinheira preferida. Basta ela me dizer que me vai fazer o jantar, que as minhas papilas ficam logo em êxtase! Já lhe disse que devia repensar o futuro dela (é de jornalismo), mas ela não me liga. 😆 Estou a brincar, claro, mas que adoro a comida dela, ai isso adoro! Acho que o segredo é mesmo o amor com que ela cozinha, a paz e a entrega que lhe passam das mãos para o alimento! 💛 Um dia partilho aqui uma receita inteiramente dela.
Voltando ao empadão… Costumo fazer esta receita com alguma regularidade no tempo frio, porque: i) cá em casa todos gostamos; ii) é versátil e um ótimo limpa-frigoríficos (podemos fazer o recheio com os mais variados legumes, juntar tempeh, tofu, lentilhas…); e iii) é um prato que aconchega (a comida de forno tem esse poder, o de nos aquecer, e o millet também, pois é um cereal yang, com uma energia mais contrativa).
Como já deves ter percebido, não utilizei batata no puré do empadão e a razão é a seguinte: desde que me dediquei à macrobiótica que tenho vindo a aprender mais sobre os princípios/energia yin & yang dos alimentos e o impacto que estes têm em nós. A batata, assim como o tomate, a beringela e o pimento pertencem à famílias das solanáceas*. As solanáceas contêm uma toxina chamada solanina, que pode ter alguns efeitos pouco desejados no nosso organismo (e.g. piorar casos de inflamação/infeção). Por isso, reduzi o seu consumo a situações especiais, não fazendo parte da minha alimentação diária.
Para um consumo diário, dou preferência aos cereais integrais (nesta receita, o escolhido foi o millet), vegetais – vegetais de rama, vegetais redondos e as raízes -, leguminosas, algas e sementes. Os vegetais de rama (nabiça, agrião, couve galega…) dão-nos frescura e flexibilidade e ativam os nossos pulmões, coração e fígado. Os vegetais redondos que crescem à superfície da terra beneficiam órgãos como o estômago, baço e pâncreas. São exemplo, a abóbora, o brócolo, a couve-flor e a couve lombarda. Neste empadão, iremos utilizar a abóbora e a lombarda. Os vegetais de raiz fornecem-nos vitalidade e melhoram o funcionamento dos órgãos inferiores (intestinos e órgãos reprodutores). No grupo das raízes temos, por exemplo, a cenoura, o rabanete, o nabo e o rábano. Poderei futuramente aprofundar mais este tema, se for do teu/vosso interesse. 😊 Aproveito também para referir que a forma como me alimento (e vivo a minha vida; sim, porque a macrobiótica é um estilo de vida) foi uma escolha que fiz para mim e não é de todo minha intenção impor nada a ninguém. Cada um tem o direito de comer aquilo que gosta, lhe dá energia e lhe faz bem. O meu objetivo com o blogue é o de poder inspirar quem me lê (muito obrigada 💛) e passar a mensagem de que uma alimentação sem carne, peixe ou lacticínios não é desenxabida, nem tão pouco se restringe a um prato cheio de brócolos.
Vamos à receita sem mais demoras?
*o tabaco também é uma solanácea.
Passos
1
Concluído
|
Começa por cortar a abóbora em cubos, a cebola em meias luas, o alho francês em rodelas e a couve em tiras finas. Lamina os cogumelos e pica o alho. |
2
Concluído
|
Numa frigideira, salteia os cogumelos com uma pitada de sal até ficarem murchos e sequinhos. Não é necessário juntar azeite/água. |
3
Concluído
|
Para o puré de millet: |
4
Concluído
|
Acrescenta 3 cups de água (o triplo da quantidade de millet) e o millet. |
5
Concluído
|
Quando levantar fervura, acrescenta mais sal, se necessário, tapa o tacho e reduz a chama. Conta 20/25 minutos. |
6
Concluído
|
Para o recheio: |
7
Concluído
|
Junta a cebola, o alho francês, a couve e uma pitada de sal, e salteia por mais 3-4 minutos. |
8
Concluído
|
Junta o vinho e deixa cozinhar até evaporar o álcool. |
9
Concluído
|
Termina com umas gotas de shoyu (atenção que é salgado) e o sumo de limão. Reserva. |
10
Concluído
|
Voltando ao puré: |
11
Concluído
|
Agora vamos à parte mais gira: construir as camadas. |
12
Concluído
|
Para ficar ainda mais guloso, barra a superfície do empadão com maionese caseira. |
13
Concluído
|
Leva ao forno pré-aquecido por 15-20 minutos, ou até dourar. |
2 Comentários Esconder comentários
Mónica que delícia de Receita, Mynhamiiiii… confesso que demorei muito tempo mas talvez por ter sido a 1°vez. Fiquei fã!!! Só não usei os cogumelos, não havia cá em casa… Fica já na ementa da semana Adorooo
Olá Andreia! Que bom, fico mesmo contente que tenhas gostado e pelo teu feedback aqui no blogue. Obrigada <3 e sê muito bem vinda!